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Vísceras ao Verme Deus
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Fator universal do transformismo.
Filho da teleológica matéria,
Na superabundância ou na miséria,
Verme - é o seu nome obscuro de batismo.
Jamais emprega o acérrimo exorcismo
Em sua diária ocupação funérea,
E vive em contubérnio com a bactéria,
Livre das roupas do antropomorfismo.
Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosas essas lembranças...
Almoça a podridão das drupas agras,
Janta hidrópicos, rói vísceras magras
E dos defuntos novos incha a mão...
Ah! Para ele é que a carne podre fica,
E no inventário da matéria rica
Cabe aos seus filhos a maior porção!
(do poema "Deus-Verme", Augusto dos Anjos)
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Outro Londrina, Brazil
Outro.
Território sonoro.
Ruídos.
Metal et al.
Guilherme E Silveira (Londrina/PR).
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